PAI RICO, FILHO POBRE
Leitura indicada para famílias empresárias sobre o Ciclo Financeiro.
Um bom tempo depois de ter lido o best seller “Pai Rico, Pai Pobre” e décadas atuando em Gestão Financeira e Governança, fiquei pensando nos desafios das empresas de capital fechado e perfil familiar. E nas questões da sucessão geracional e no porquê de tão poucas empresas nacionais serem centenárias.
Seria apropriado uma versão de Pai Rico, Filho Pobre? Tema provocador, mas a meu ver útil.
Com este espírito de analogia, transcrevo para a realidade das famílias empresárias os capítulos do livro.
Fuja da roda dos ratos.
Esta teoria é uma metáfora de certa forma perfeita: o padrão de comportamento que se repete sobre o ciclo financeiro de um indivíduo ou de uma organização. Em tempos de lucros, nos tornamos naturalmente permissivos, sem o olhar aguerrido para os ativos geradores de receita, levando ao foco com bens de consumo prioritariamente.
Desfrutar de prolabore e dividendos empresariais não pode ofuscar os investimentos necessários para que a empresa cresça, pois as famílias também crescem conforme avançam as gerações. Quase uma progressão geométrica dependendo da mesma fonte de renda.
Com o bônus da herança, vem a necessidade do Lifelong Learnig. Estudar é um dos instrumentos para evitar a roda de ratos.
Sim! Aprofundar-se em finanças, indo além do clássico receber, gastar e poupar.
Saber investir, conhecer o negócio, empreender, inovar, correr riscos, é fundamental.
Realizar um oversight através dos principais demonstrativos financeiros, diferenciar a visão econômica da financeira (caixa) e segregar os gastos pessoais e empresariais. Reinvestir na operação é saudável, e não apenas “sangrar” a empresa com diversos tipos de “retirada”.
Deixar o dinheiro trabalhar para você e não ter medo de transformar o negócio: não podemos ficar reféns dos nossos modelos atuais de operação, de nossas crenças limitantes ou da sombra de um legado bem-sucedido.
Afinal o que te trouxe até aqui, não necessariamente levará seu negócio de forma perene e sustentável. Existem diversas formas de se preparar para a sucessão, evolução do negócio ou compartilhamento de decisões em Conselho de Família. O que não pode acontecer é ficar de braços cruzados.
Deixo aqui uma reflexão:
Já dizia o fundador de Dubai, Sheikh Rashid, “Meu avô andava de camelo, meu pai andava de camelo, eu ando de Mercedes, meu filho anda de Land Rover e meu neto vai andar de Land Rover, mas meu bisneto vai ter que andar de camelo novamente.”
Concordam?
Escrito por Gaspar Carreira Jr.
Fundador e CEO da GC Experts
Confira como podemos ajudar na GC Experts.
Para mais leitura sobre empresas familiares confira:
Evolução das Gerações na empresa – Pai Surdo, Filho Mudo
Dicas para perpetuidade do negócio – O Segredo do Sucesso
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