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Governança – para quem?

Estamos em 2022 e vivenciamos pelo menos 3 crises globais, que de uma forma ou de outra, com certeza seu negócio foi afetado. Estamos falando de grandes fraudes como da Enron no início dos anos 2000, especulação/bolha imobiliária e quebra do Lehman Brothers lá pelos anos de 2008, todos os efeitos da pandemia do Corona vírus e mais recentemente voltamos a triste cena de guerra.

E é nos momentos críticos que a Governança revela seu valor. De forma direta para a realidade das empresas e mais indiretamente na forma como tratamos as decisões, a Governança tem sua razão de existir.

A Governança Corporativa foi impactada, no Brasil e no Mundo, pela Lei Sarbanes Oxley (SOX), Lei anticorrupção, Lei das Estatais, LGPD, ESG, Manifesto dos CEOs e Fórum de Davos pregando o Capitalismo Consciente e em favor dos stakeholders e não mais apenas dos shareholders, dentre outros movimentos. Entretanto, talvez para 80% das empresas brasileiras muitas dessas questões não passaram de notícias no jornal, e sim, sentiram os impactos macroeconômicos, principalmente inflação, recessão, juros altos e pouco acesso ao capital advindos dessas duas primeiras crises. Empresas que efetivamente não possuem governança formal e estruturada, mas que possuem uma forma de gestão e liderança muito próxima do negócio, as chamadas empresas de dono, ou empresas de família e de capital fechado. Logo a Governança usual, que alguns chamam de formalista, que foi altamente impactada e por isso evoluiu e muito, talvez em nada poderia ter ajudado a vocês em suas empresas.

Mas já em um mundo em transformação, as empresas brasileiras com falta de investimento em tecnologia, baixa produtividade, se depararam com a pandemia do Covid-19 e sofrem diretamente seus efeitos danosos, onde somem os clientes, desaparecem os insumos e empregados só remotamente podem atuar. Essas empresas precisam se transformar, mas como fazê-lo se em sua maioria atuam de forma isolada, com base apenas em experiências passadas, bem-sucedidas, mas que na maioria dos casos não garantem mais sua sustentabilidade? Sim, elas precisam de apoio e de novas práticas de governança, de uma governança construtivista, onde vejo os Conselhos Consultivos com mais atitude e mais participativos.

Vivemos em um tempo acelerado, onde os problemas complicados, viraram complexos, onde o conhecimento é abundante, mas também escasso devido a sua rápida obsolescência. É nesse cenário, que me provoco de como atuar numa governança efetiva e de geração de valor para as empresas que buscam recuperar e aumentar seus resultados. Mais do que nunca precisamos desenvolver a capacidade de estarmos prontos para o desconhecido, ter visão do todo, do contexto, entender rapidamente e agir, alterando o sentido da urgência.

É tempo de entender e praticar mais Governança.

Escrito por

Gaspar Carreira Jr
Fundador e CEO da GC Experts

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